"A polícia invade o Morro do Alemão". Tradução: finalmente, o Estado retoma seu lugar e afasta o governo paralelo! Ufa! Há tempos eu esperava essa notícia ansiosamente, já achando que o Rio era o foco inicial de uma futura Colômbia brasileira! Pra voce ver a semelhança da situação, as técnicas usadas para a retomada do poder são as mesmas utilizadas por Bogotá: polícia pacificadora, urbanização da área, criação de centros de convivência comunitária (praças, quadras). E, claro, a demonstração militar de que o Estado não está de joelhos, aguardando o tiro de misericórdia da delinquência. Achei ótimo a tv mostrar os redutos dos traficantes, cheios de luxo e ostentação internamente, disfarçados de barracos de favela por fora. E com uma paisagem de dar inveja a qualquer "côte d'azur"! Achei ótimo a polícia permitir que a comunidade pudesse entrar e passear e usufruir destas instalações. Creio que o sentimento de cada cidadão, morador do Morro do Alemão, que viu aquele luxo, é o mesmo daquele cidadão que vê as mansões e as propriedades de alguns vereadores e deputados, algo do tipo: "caraca, eu me f........ pra pagar minhas contas e tendo que obedecer e respeitar esse cara, fechando meu comércio em dia de guerra, cumprindo toque de recolher, perdendo meu filho, que é "avião" dele, e nem podendo reclamar pra polícia, e o cara curtindo "Jacuzzi", mármore no chão e sei lá mais o quê? Que sacanagem!" É assim que se trabalha, é assim que a polícia deve fazer, é assim que deve ser. Houve um tempo em que até era romântico morar no morro, na favela, com "a lua furando nosso zinco, salpicando de estrelas o nosso chão". Mas pera lá, romântico? Que papo é esse? Teto de zinco furado também entra chuva, entra frio, entra bicho! Ter que se encarapitar num morro, em casinhas de madeirite, com ruelas estreitas e escorregadias por onde também corre a chuva e o esgoto, mas não sobe ambulância nem "radio-patrulha", empilhando os filhos pra dormir onde também se cozinha, à luz de uma vela que pode incendiar tudo, isso é romântico? Não, isso é uma vergonha, isso sim! Como dizia Joãozinho Trinta, quem gosta de miséria é intelectual, pobre também gosta de luxo. Foi com essa frase que eu mudei minha postura de intelectual idealista para intelectual realista. Tem que tirar não só o traficante da favela, mas todo mundo, especialmente se a favela for em área de preservação ambiental. E tem que levar para um lugar com infraestrutura ótima, sim, com tudo o que o cidadão tem direito, asfalto, água, luz, esgoto, residência de alvenaria com quartos e sala e cozinha e área de serviço e banheiros, transporte coletivo para todos os lugares, escolas com professores e material didático, posto de saúde com pessoal e remédios, posto policial sem corrupção, quadras, praças, centros de convivência, cursos profissionalizantes, e tudo o mais que transformam um local em uma comunidade. O Estado tem que estar presente, cumprindo sua função. Ah, mas é que o traficante não deixa assaltar, compra o gás de cozinha pra quem precisa, chama a ambulância. Pelamôrdedeus, então ele é melhor que o prefeito! Mas vê se ele faz isso na favela do lado, claro que não! E o prefeito tem que fazer pra todas. E tem que fazer mesmo, até pra evitar que o traficante faça. Eu digo que até uma invasão militar estaria justificada, no caso das favelas tomadas pelo tráfico, no Rio. Na minha concepção de jurista, a situação que se apresentava tinha ultrapassado a questão criminal, tratava-se de uma questão de soberania nacional, de guerra interna mesmo. Decretaria-se Estado de Sítio e condenaria-se os grandes traficantes e sua cúpula operacional e administrativa como traidores da pátria e corte marcial neles! Ora, o que eles fazem não é bandidagem, concorda? É mais grave, é governo paralelo, é desafio ao poder estabelecido, que é democrático, imperfeito ou não, corrupto ou não, mas é democrático. Sou contra a violência, mas em situações extremas, medidas extremas.
Entretanto, não excluo cada cidadão destas comunidades cariocas de sua responsabilidade política nestes eventos. "Ah, coitadinho do pobre, coitadinho do favelado" é coisa de quem está iniciando nos Direitos Humanos. Ninguém é coitadinho. A cidadania é uma via de mão dupla. O Estado não dá e o "coitadinho" não exige, não se organiza, se acomoda, esse é o jeito mais prático de tudo dar errado. Tem que estudar, tem que se profissionalizar, tem que procurar o que o governo oferece pra te tirar de lá, te tirar dessa vida de coitadinho. E olha que o Estado tem o que oferecer! Eu estava conversando com a minha auxiliar operacional para assuntos domésticos (vulgo empregada doméstica, mas acho esse nome horrível!) e fiquei sabendo que todos os seus quatro filhos participam de programas municipais de cultura e profissionalização, além da escola pública e do bolsa-família. Uma estuda ballet, o outro remo, o outro saxofone, a outra salva-vidas com bombeiros, um já fez jardinagem, o outro marcenaria, a outra panificação, pintura em tela, a outra... é muito novinha pra trabalhar! E as crianças são boas no que fazem, são talentos natos, e vão ser aproveitadas, inclusive no programa local de aproveitamento de atletas para as olimpíadas no Rio (se tiver...). Meu filho, por exemplo, já não pode participar destes programas, afinal, sou classe média, eu que me vire pra pagar os cursos, né, burguesinha! Mas tudo bem, pelo menos o município dá e quem não poderia nunca ter acesso, tem, o que é maravilhoso! Voce cria, com a arte e o esporte, uma consciência do belo, do bom, e a pessoa leva isso pra todas as áreas de sua vida, começa a se sofisticar, no sentido de se aprimorar e procurar sempre melhorar. Mas diz, a prefeitura foi na casa dela, bater na porta dela pra oferecer isso? Não, ela foi atrás, ela procurou. Ela não quer que seus filhos vivam do mesmo jeito que ela tem vivido, com dificuldades. Ela quer que eles saibam que podem viver melhor, fruto de seu próprio esforço. Isso é cidadania. E assim, com essa consciência, eles, a família dela, passam a "contaminar" ideologicamnete os demais, vizinhos, amigos, colegas de escola e de trabalho, e o grupo todo passa a crescer e enriquecer. Não é legal? Ninguém vai precisar de traficante dando nada, mesmo porque, "almoço que é de graça, sempre tem alguém pagando"...
Parabéns ao Rio, parabéns à polícia do Rio, parabéns ao cidadão do Rio, que apoiou sua polícia. O único senão desta história é a paisagem ma-ra-vi-lho-sa que se tem do morro, mas pode esquecer isso, porque, quando não é o traficante, quem se apossa dos melhores lugares do mundo são a igreja e as forças armadas, pra continuar protegendo almas e corpos de seus cidadãos... Saudações acadêmicas!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
"Presidente" ou "Presidenta"?
Não, não, não é uma referência ao fato de que os candidatos ao segundo turno eram um homem e uma mulher. Infelizmente, parece que o assunto mais candente pós-resultado desta eleição é como se deve chamar a candidata eleita: "presidente" ou "presidenta". Não é incrível? Estou bege! Ainda que eu ache mais bonitinho falar "presidenta", até porque talvez acentue o fato de que é uma mulher, fala sério, isso não é o mais importante! As duas formas estão certas, mas é a forma que vamos ser representados o que realmente interessa. Tô tentando não esboçar minha preferência eleitoral, e se eu escorregar, por favor me perdoem. Sempre fui a favor de mulheres nos governos dos países, principalmente, além até de governos de estados e municípios. Tenho a impressão, sem ser sexista, longe de mim, de que mulheres negociam mais, guerream menos, pensam mais na questões sociais e humanitárias, são mais práticas em questões administrativas, preocupam-se mais com o meio-ambiente. Por favor, não sou feminista, não acredito em determinação genética ou do meio, mas me parece que algumas tendências se destacam nos gêneros e até nas culturas, e essas diferenças devem ser usadas a favor, e não negadas ou desvalorizadas. Eu penso assim. Mas também penso na necessidade de flexibilidade e respeito, quando se trata de representar e administrar pessoas. Não parece, mas advogados fazem isso o tempo todo, afinal, temos clientes com interesses diversos e, representando-os, temos que lidar com todo tipo de gente: promotores arrogantes, juízes mal-educados, delegados psicóticos, funcionários públicos frustrados, colegas desleais e uma população inteira achando que somos todos desonestos. Não é fácil! Mas enfim... ninguém melhor que nós para palpitar sobre políticos. E assim, creio que qualquer um com um discurso um pouco mais radical pode significar um risco real na administração do governo federal. Somos um país imenso, e é difícil cuidar de tudo isso. Quando vemos um país europeu, onde tudo parece muito limpo, organizado e funcionando direitinho, esquecemos que, às vezes, esses países podem ser do tamanho de um bairro de nossa cidade. Já pensaram que Portugal tem apenas 250 km de largura de leste a oeste? Pra onde vamos em apenas 250 km? Nem saímos do nosso próprio estado, quanto mais atravessar o país de ponta a ponta! E por isso, o controle social da administração pública fica muito mais fácil lá. É fácil perceber para onde foi o dinheiro, se construíram hospitais, se a polícia está aparelhada, se tem mais escola e se em cada escola tem mais professores, se as ruas estão asfaltadas e se a cidade do lado tem coisas melhores. É fácil perceber se cada funcionário público, inclusive federal, está cumprindo seu trabalho, e se cada eleito está cumprindo direitinho seu mandato. Tudo é mais fácil, porque como tudo é muito perto e como todas as pessoas estão muito próximas, são conhecidas, fica fácil de cobrar. Como voce faria, morando em Natal/RN, se quisesse falar com seu eleito deputado federal? Ou senador? Iria a Brasília, a horas de distãncia? Mandaria um e-mail, que jamais seria respondido? Tentaria telefonar? Num país pequeno, ele pode estar alí, do seu lado. Ou a família dele pode morar alí, do seu lado. O que facilita bastante. Já imaginou o mico, voce procurando a mãe do seu deputado federal, e dizendo pra ela que ele não tá fazendo nada que prometeu? Ou que tá roubando o dinheirinho suado do povo, inclusive o seu? E ela dando a maior bronca no cara, no almoço de domingo, na frente da família toda, falando que ele a está envergonhando no bairro todo, depois de séculos da família com o nome ilibado? É isso aí, é assim que funciona nos países europeus, no Japão, onde tudo é muito perto e visível. Mas aqui, com essa dimensão continental, tudo é mais complicado. E é por isso que devemos fazer uma vigilância mais cerrada, exigir, cobrar, interagir. Os sites que informo aí ao lado são para isso, pra gente saber das coisas e pra interferir, como por exemplo o site da transparência e o do gabinete do presidente da república. Além da "lonjura", tem a diversidade: lá neva, alí o inverno é quando chove, acolá faz 42 graus o ano todo, tem praia, tem montanha, tem deserto, tem onde se joga comida fora, e tem onde se come areia por não ter o que se comer, tem língua diferente, tem necessidades e entendimentos diferentes. E é aqui que mora o problema da inflexibilidade, nas necessidades e entendimentos diferentes. Com essa nossa diversidade, eu espero da nossa presidente/presidenta o respeito ao país que merecemos, incluindo aí preservação das culturas formadoras da nação, do meio-ambiente (acima até mesmo do pac), economia segura, crescimento sustentável, austeridade nas contas públicas, idoneidade e seriedade na administração pública e consciência de que é o povo, que trabalha muito, quem sustenta tudo isso, especialmente a Granja do Torto, o Aero-Dilma etc, etc... Espero também que a única inflexibilidade seja na postura de preservar, proteger e cuidar deste mesmo povo, ouvindo e percebendo suas necessidades, como uma mãe faria, já que ela mesma se posicionou assim, e não como um ditador poderia querer fazer. Em todo o caso, estarei vigilante, e voces também. Saudações acadêmicas!
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
BO em delegacia e consulta em PS público...
Tenho uma adorável amiga escrivã de polícia, que, muito sabiamente, diz que fazer BO é como ir ao PS público: voce senta na frente de um funcionário público, que está de plantão, e portanto com aqueeeeela vontade de atender, fala, fala, fala, fala de seu problema, ele escreve algo que voce não entende num papel, te entrega, e voce sai feliz da vida achando que resolveu algo, e não resolveu nada. E o pior é que ela está certa. Eu fico piciroca da minha vida com essa história de fazer BO que não dá em nada, especialmente BO de esbulho possessório, de desobediência a ordem judicial e de ameaça. Quantas pessoas, em especial namoradas e ex-esposas, já foram mortas, mesmo tendo registrado sabe-se lá quantos BOs de ameaça, em plena vigência da lei Maria da Penha! E quantas invasões não se resolveriam se a polícia apenas intimasse o invasor a ir à delegacia explicar o que está fazendo num terreno que não é seu! E os filhos que são levados por pais que não têem a guarda legal e somem com as crianças, deixando o outro genitor desesperado! Ora, se a guarda já está definida, a polícia tem que ir buscar a criança, devolver para o genitor guardião e pronto, "punto e basta"! Mas não, voce relata o drama, o cara escreve, e nunca mais voce vai saber disso, talvez em alguns anos te chamem no fórum, para saber se voce quer dar continuidade ao caso. Até lá, voce já contratou advogado, ingressou com uma ação civil e provavelmente com uma cautelar também, ou já fez uma besteira, como bater em alguém, dar uns tiros pra assustar, ou sumiu no mundo, para evitar maiores transtornos. O que é compreensível. O que não é compreensível é o funcionário que te atende na delegacia, desde o plantonista até o delegado titular, não te explicar quais as consequências dos teus atos. Afinal, voce é leigo, ele é profissional. Quer um exemplo? Certo dia, estava eu esperando para registrar uma notícia crime (quem registra o BO é o escrivão, a mando do delegado), quando chegou uma mulher muito nervosa, dizendo que sabia onde estava a ladra que lhe roubara os documentos e os usara para fazer compras em diversas lojas da região, sujando seu crédito na praça. Exigiu que alguém, uma viatura, um policial, alguém, fosse ao local e a prendesse. O escrivão respondeu que não podia fazer isso. Ela quis saber porque. O escrivão não gostou de ser questionado, e insistiu que não poderia. E ela insistiu em querer saber o porque. Afinal, ele respondeu que ela, a vítima, deveria esperar o processo que seu primeiro BO havia iniciado. Ela redarguiu que se alguém fosse lá, veria as tvs e os aparelhos que a meliante havia comprado, além de possivelmente encontrar seus documentos e talvez de outras pessoas. E o escrivão respondeu que a coisa não funcionava assim. Aí ela disse que iria pessoalmente à casa da estelionatária, pegar os bens. E o escrivão então empostou a voz para dizer que teria que lhe dar voz de prisão, porque ela iria cometer um crime! Não é incrível isso? Brincadeira, mêu! Realmente é ilegal, mas era a única coisa prática que a pobre vítima poderia ter feito, já que, apesar dos pesados impostos que pagamos, não havia viatura nem policiais disponíveis para ir até lá fazer a averiguação. Não vamos nos perder em detalhes burocráticos legais, tais como mandados de busca e apreensão, pois a gente sabe que, se a porta for franqueada pelo morador, a polícia pode entrar (polícia civil e militar também). E quer saber, se eu fosse aquela vítima, além de ir na casa da ladra buscar as tvs que estavam em meu nome, ainda dava uns tapas nela, torcendo pra que ela chamasse a polícia. Quem sabe vinha?? Mas enfim, como o escrivão, do alto de sua autoridade (e talvez ignorância), não fez, eu acabei por instruí-la de como agir, ou seja, informar no processo criminal o paradeiro e requerer a imediata expedição de busca e apreensão dos bens e documentos, além de ingressar com ação civil, para receber o prejuízo e os danos morais, além de retirar o nome da coitada dos serviços de proteção ao crédito através de uma liminar (atitude esta, na realidade, a que interessava à pobre vítima). Agora me diz: custava o cara ter ensinado à coitada isso? Ela saía da delegacia, desobstruindo o ambiente, tomava uma atitude eficaz, que era a ação civil, e talvez nem tivesse registrado o primeiro BO, desobstruindo o burocrático sistema judiciário. Pois é, se pode complicar, pra que facilitar... O mais novo caso é o de um pai que está tentando reaver seus filhos, dos quais tem a guarda, já que a mãe é uma maluca, drogada e ameaçadora, que os levou para uma visita e não devolveu. As crianças estão perdendo aulas e o pai não pode se aproximar da casa da doida, que já lhe disse que vai matá-lo, o que é bem capaz, porque seu novo maridinho é traficante. O coitado fez o BO (é claaaaaaro...) de desobediência à ordem judicial, e o mais racional seria uma viatura ir buscar os meninos. Mas não ocorreu assim. Aí, o coitado pegou o papel, levou ao Conselho Tutelar, que disse não poder fazer nada, mas que está recebendo a despirocada, que pretende transferir as crianças para escola perto de sua casa. Então, o homem procurou o promotor do caso, que pegou o BO, mas disse que nada poderia ser feito (como não! o processo de guarda está na mão dele! e já faz quase um ano que nem o estudo psico-social foi feito, para atestar a doideira da mulher!!!). Por fim, ele acabou vindo falar comigo, que tive que fazer um novo processo, informando a desobediência e pedindo as crianças de volta, mas isso vai depender do promotor (aquele mesmo) e do juiz (também o mesmo) concordarem, e não pedirem nenhum estudo psico-social antes, e talvez, em alguns dias, a gente consiga retomar os meninos, se não for necessário força policial (aquela mesma) para ir buscá-los. Entendeu? A polícia não podia ter encurtado a história? E depois eu é que não posso orientar o cliente a rodar a baiana, invadir o barraco e tirar seus filhos na mão grande!!! Vai entender! Saudações acadêmicas!
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
um jeitinho "neymar" de ser...
Ô, saudade de postar no meu blog!! Mas sabe como é, mulher criativa, esposa que gosta de cozinhar e não gosta que lavem e passem as roupas dos seus, profissional detalhista, mãe de filho asmático, filha de infartada, irmã de ciumenta, amiga de muitos amigos, ufa! é muita coisa pra uma pessoa só!! Sem esquecer que não posso perder a novela! Mas agora cá estou, e as idéias borbulham em minha cabeça. Como tive que escolher uma, embora atrasada, não podia deixar de falar de algo que abalou os meios esportivos paulistanos: a briga de Neymar, do Santos, com seu treinador. Aliás, a briga dele sozinho, tendo o treinador por vítima. Muita gente se chocou, alguns defenderam, outros procuraram justificativas do tipo "ele é jovem, ganha muito, ainda vai amadurecer", o time e a imprensa se dividiu, enfim, uma polêmica foi gerada, como se esse tivesse sido um caso isolado na história do futebol brasileiro. A polêmica é sempre saudável. Os orientais adoram crises, pois sabem que as coisas antigas e velhas são chacoalhadas e questionadas, e coisas novas e potencialmente melhores sobreveem. E o que eu acho que essa polêmica suscitou é a velha questão de sempre: para onde vão nossos jovens? O que aconteceu com a educação, o respeito, a moral e a ética?
Quando digo que o fato não é novo, posso citar a recente reação de ira do famoso Leão, ex-goleiro lendário do Palmeiras e da seleção, que lhe custou uma sanção no tribunal desportivo. Ou um pouco menos recente, nosso inesquecível Romário, que aplicou um bem alto e claro "voce sabe com quem tá falando?", ao policial federal da alfândega, na reentrada no Brasil, na volta canpeã da copa do mundo, indignado por o estarem impedindo de entrar com objetos não permitidos por nossa legislação ou sem o pagamento dos devidos impostos. Até entendo sua atitude, afinal, como ele mesmo disse, ele ganhou a copa do mundo pra gente, o que custava deixar ele passar com alguns eletro eletronicos de última geração, perfumes e roupas, que ele comprou nos intervalos dos jogos na Europa. Ele não era um brasileiro qualquer, como nós, ora! Por isso, Neymar não é novidade. Esse jeitinho de ser não é exclusivo de um ou de outro. Mas resta saber porque acontece. Antes de tudo, esclareça-se que o que ocorre no esporte, é sempre julgado pelo tribunal desportivo, a não ser que ocorra algo muito grave, em termos de dano físico e material. Assim, cada jogador adversário, e o próprio treinador, atingido por um "filho-disso", "sua-mãe-é-aquilo", "vai-praquele-lugar", não vai à delegacia fazer BO, mas pede para anotar na súmula do jogo (uma espécie de relatório) o ocorrido, ou denúncia à Justiça Desportiva o fato. E as sanções dizem respeito ao esporte, como afastamento, suspensão, até expulsão e proibição de participar de jogos oficiais, pagamentos de multa e outros. Voltando ao fato "Neymar", devo dizer que, pessoalmente, não acredito nessa coisa de amadurecimento, pra uma situação dessas. O amadurecimento faz com que nos controlemos mais e não percamos a cabeça com tanta facilidade, e falo isso de cadeira, de experiência própria (digamos que cheguei àquela idade em que voce fica mais tolerante...). Mas o modo com que perdemos a cabeça, o que fazemos no furor da discussão, ah!, isso vem da educação. É claro que o rapaz é jovem, está sendo idolatrado, tá ganhando horrores de dinheiro, e que é normal ele se sentir superior, invencível, inatingível, irresistível. Mas veja bem, ele não só insurgiu-se contra seu superior (problemas claros com autoridade), mas pasmem, ofendeu um senhor mais velho!! Tá rindo, né, tá me achando piegas e brega, né? Mas pára pra pensar: quando foi que voce, com mais de trinta e cinco anos, se viu ofendendo uma autoridade ou uma pessoa mais velha? Quando? E se fez, com certeza voce era o desgosto da família, o desajustado que era melhor não levar a lugar nenhum, pra não passar vergonha, não era? E isso a pouco tempo atrás! Agora fala a verdade, quando foi que nós começamos a aceitar essas atitudes, a perdoar isso? A achar normal que um cara que acabou de fazer dezoito anos, só porque ganha muito e joga o mesmo tanto (descontando as firulas desnecessárias e as caidinhas forçadas), pode fazer festas com mulheres pagas, provocar os adversários de forma acintosa e ofensiva (diria mesmo antidesportiva), a rasgar a camisa do clube e mostrar o correntão prateado no pescoço, no momento de erguer a taça de campeão? Quando foi que o arrojo, a genialidade, a prodigialidade foram confundidas com permissão para falta de educação? E quando foi que a idade foi desculpa para essa mesma falta de educação? Amo futebol e tenho muito respeito pelo Santos. Posso compreender as exigências de um patrocinador, forçando a exibição de um seu patrocinado (bons tempos em que o dinheiro não era suficiente para suplantar os bons modos), e até mesmo a inflexibilidade de um treinador sério, coisas que dificultam bastante uma negociação. Posso compreender a permissividade e tolerância dos pais das novas gerações, que querem dar o de melhor aos seus filhos e evitar todos e quaisquer sofrimentos, por menor que sejam. Posso compreender a bagunça na cabeça desse garoto, como na do antigo Romário e de tantos outros, com tanto dinheiro, mulheres, fama, mídia. Posso compreender muitas coisas. Mas meu coração de mãe só consegue pensar numa única coisa: SUPERNANNY NELE!!! Saudações acadêmicas!
Quando digo que o fato não é novo, posso citar a recente reação de ira do famoso Leão, ex-goleiro lendário do Palmeiras e da seleção, que lhe custou uma sanção no tribunal desportivo. Ou um pouco menos recente, nosso inesquecível Romário, que aplicou um bem alto e claro "voce sabe com quem tá falando?", ao policial federal da alfândega, na reentrada no Brasil, na volta canpeã da copa do mundo, indignado por o estarem impedindo de entrar com objetos não permitidos por nossa legislação ou sem o pagamento dos devidos impostos. Até entendo sua atitude, afinal, como ele mesmo disse, ele ganhou a copa do mundo pra gente, o que custava deixar ele passar com alguns eletro eletronicos de última geração, perfumes e roupas, que ele comprou nos intervalos dos jogos na Europa. Ele não era um brasileiro qualquer, como nós, ora! Por isso, Neymar não é novidade. Esse jeitinho de ser não é exclusivo de um ou de outro. Mas resta saber porque acontece. Antes de tudo, esclareça-se que o que ocorre no esporte, é sempre julgado pelo tribunal desportivo, a não ser que ocorra algo muito grave, em termos de dano físico e material. Assim, cada jogador adversário, e o próprio treinador, atingido por um "filho-disso", "sua-mãe-é-aquilo", "vai-praquele-lugar", não vai à delegacia fazer BO, mas pede para anotar na súmula do jogo (uma espécie de relatório) o ocorrido, ou denúncia à Justiça Desportiva o fato. E as sanções dizem respeito ao esporte, como afastamento, suspensão, até expulsão e proibição de participar de jogos oficiais, pagamentos de multa e outros. Voltando ao fato "Neymar", devo dizer que, pessoalmente, não acredito nessa coisa de amadurecimento, pra uma situação dessas. O amadurecimento faz com que nos controlemos mais e não percamos a cabeça com tanta facilidade, e falo isso de cadeira, de experiência própria (digamos que cheguei àquela idade em que voce fica mais tolerante...). Mas o modo com que perdemos a cabeça, o que fazemos no furor da discussão, ah!, isso vem da educação. É claro que o rapaz é jovem, está sendo idolatrado, tá ganhando horrores de dinheiro, e que é normal ele se sentir superior, invencível, inatingível, irresistível. Mas veja bem, ele não só insurgiu-se contra seu superior (problemas claros com autoridade), mas pasmem, ofendeu um senhor mais velho!! Tá rindo, né, tá me achando piegas e brega, né? Mas pára pra pensar: quando foi que voce, com mais de trinta e cinco anos, se viu ofendendo uma autoridade ou uma pessoa mais velha? Quando? E se fez, com certeza voce era o desgosto da família, o desajustado que era melhor não levar a lugar nenhum, pra não passar vergonha, não era? E isso a pouco tempo atrás! Agora fala a verdade, quando foi que nós começamos a aceitar essas atitudes, a perdoar isso? A achar normal que um cara que acabou de fazer dezoito anos, só porque ganha muito e joga o mesmo tanto (descontando as firulas desnecessárias e as caidinhas forçadas), pode fazer festas com mulheres pagas, provocar os adversários de forma acintosa e ofensiva (diria mesmo antidesportiva), a rasgar a camisa do clube e mostrar o correntão prateado no pescoço, no momento de erguer a taça de campeão? Quando foi que o arrojo, a genialidade, a prodigialidade foram confundidas com permissão para falta de educação? E quando foi que a idade foi desculpa para essa mesma falta de educação? Amo futebol e tenho muito respeito pelo Santos. Posso compreender as exigências de um patrocinador, forçando a exibição de um seu patrocinado (bons tempos em que o dinheiro não era suficiente para suplantar os bons modos), e até mesmo a inflexibilidade de um treinador sério, coisas que dificultam bastante uma negociação. Posso compreender a permissividade e tolerância dos pais das novas gerações, que querem dar o de melhor aos seus filhos e evitar todos e quaisquer sofrimentos, por menor que sejam. Posso compreender a bagunça na cabeça desse garoto, como na do antigo Romário e de tantos outros, com tanto dinheiro, mulheres, fama, mídia. Posso compreender muitas coisas. Mas meu coração de mãe só consegue pensar numa única coisa: SUPERNANNY NELE!!! Saudações acadêmicas!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
novelas!!
Cara, tô acabando de assistir passione, caraca, até "advogado de m..." disseram, quem era advogado se corrompeu, quem não era se fez passar por... meeeeeuuuuu deeeeeuuuusssss! Viram como o povo encara o advogado? Que feio! E viram que o Totó disse, que a Clara vai ser solta logo? É isso aí... já cantei a bola antes... E quanto documento falso nessa novela, hein, carteira de oab do fred, transferência de ações, assinatura em testamento italiano, divórcio do Berillo (é mais fácil ele ficar preso por bigamia, do que a Clara e o Fred por furto e estelionato). E tadinha da Clara! Como ela é bonitinha, gostosinha e lourinha, a cadeia é um inferno. Já pra Olga, aquela baranga, não é tão assim, né? É isso aí (de novo). Saudações acadêmicas!
mal-entendido, mal entendido, malentendido...
Hoje eu conversava com uma cliente minha, até muito simpática e esclarecida, e me deparei com um mal-entendido comum à maioria dos brasileiros (ainda não pesquisei no exterior, para saber se lá também ocorre): que o juiz é o topo da "cadeia alimentar" do Judiciário. E a base, voce pode calcular qual é, qualé, qual é? Pois é, esse mesmo, o advogado! Seria cômico, se não fosse trágico. Eu gostaria muito de descobrir quem plantou essa informação na cabeça do povo. Deve ter sido o mesmo que diz que a lei manda pagar 30% do salário em pensão "alimentícima", ou que quem tem criança não pode ser despejado, ou que não se assume a culpa se não se "assinar o fragante" na delegacia... Mas estes eu esclareço com a maior tranquilidade, inclusive o erros de portugues. O que eu não posso aceitar é cliente olhando pra minha cara, de cima pra baixa, dizendo: "vou falá prô seo juiz que cê tá demorando muito cô meu processo, assim não pode ser, e vou contá prô promotô tamém!". Isso me dá uma...XP11'PW3`^K?!TY... UUUUUUGHHHH!!!!! raiva! Vai, vai, vai falar por bispo, pro pastor, pro rabino, aliás, vai falar com o promotor e o juiz mesmo, quem sabe desenrola o Judiciário, e o Tribunal e Justiça passa a contratar mais funcionários, abrir mais fóruns e cartórios nestes fóruns! ORA! Gente, olha, presta atenção: voce não estuda advocacia e vira advogado, e depois recebe uma promoção e vira promotor, e depois outra promoção e vira juiz. Na verdade, todo mundo faz faculdade de direito. Aí, quem decide ser advogado, presta concurso para a Ordem dos Advogados do Brasil. Quem prefere ser promotor, presta concurso para o Ministério Público. E quem prefere ser juiz, presta para Magistratura. É ainda tem concurso para delegado de polícia, para defensoria pública, para promotor, juiz e delegado federal e etc... Assim, são todos iguais, ninguém manda em ninguém, todos têem a mesma formação, são do mesmo nível e devendo obrigação de respeito e urbanidade entre sí (embora alguns esqueçam-se disso e sintam-se superiores... mas iso, certamente, tem a ver com a educação de cada um). Infelizmente, a figura do advogado está muito desprestigiada, desrespeitada e desglamurizada, e digo infelizmente porque o advogado é o único personagem, dentro do Judiciário, que é livre e autônomo e que pode lutar, sem amarras, pela democracia e pelo que chamamos de Estado de Direito, aquele em que uma sociedade tem suas relações regidas pelas leis democráticas. É claro que isso também significa lutar pelo pão de cada dia, visto que advogado não é um cargo público, ou seja, passar no concurso da OAB te dá o direito de advogar, mas não te dá salário pago com dinheiro público, ou como dizem os que mal-entendem, salário pago pelo governo...
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
o pica-pau.
Então, estava eu conversando com um amigo, que além de debochado é inteligente (aliás, a primeira só existe na presença da segunda...), e falávamos das nossas coisas preferidas, do nosso tempo de moleques, e chegamos ao desenho do pica-pau. Engraçado, eu achava que todo mundo percebia que ele, o pica-pau, era um sacana, mas esse meu amigo disse que quem tinha que ir preso era o leão marinho!! Só pode ser bronca por causa do sotaque argentino dele, não é possível!! Gente, o pica-pau era estelionatário, charlatão, agressor, ladrão, tudo de ruim! Eu nem conseguia rir dos desenhos (vê que desde criança eu já comprava a briga dos outros), e ficava torcendo pra ele se ferrar! Isso acontecia algumas vezes, mas não era a maioria, aliás, teve uma fase em que ele não se ferrava nunca. Esse personagem foi até motivo de estudos e teses universitárias, eu me lembro dos meus tempos de usp, onde a gente discutia até a erotização do chapeuzinho vermelho e do lobo que "comeu" a vovozinha... Claro que naqueles tempos isentos de chatos politicamente corretíssimos, o mote das comédias era esse, haja vista o Tom e Jerry, os Trapalhões, o Gordo e o Magro e os Tres Patetas. Mas é que nestes todos se davam mal, e a mensagem era algo do tipo "quem com ferro fere, com ferro será ferido". Já no pica-pau não, ele se dava bem humilhando, maltratando, roubando e enganando os outros. Aí vamos lá, o que poderia acontecer com ele, se estivesse no Brasil? Seguramente, ele iria se safar de algumas empreitadas maldosas, porque brasileiro não gosta muito de dar queixa em delegacia ou de processar os outros. Parece até uma vergonha. Aliás, deve ser, porque conheço gente que enche a boca pra dizer "ninguém da minha família nunca pisou um pé em delegacia". E eu respondo: " mas nem pra reclamar?!". Mas que raio de orgulho é esse?? Enfim... Mas como eu ia dizendo, depois de alguns golpes e agressões, ele ia acabar topando com alguém como eu, ou voce que está curtindo esse blog, que ia dizer "qualé, p--a cara folgado, mêu!", e fazer o que tem de ser feito. Depois da maratona na delegacia pra fazer o Boletim de Ocorrência (se voce der a sorte de não estar ocorrendo o registro de um flagrante na hora que voce chegar, talvez voce consiga seu b.o. em umas tres horas), de trazer ao delegado as provas do fato delituoso, e de ficar vigiando por meses no forum até o promotor público se manifestar, para que o processo em sí possa iniciar, voce terá de rezar para que o réu-pica-pau seja encontrado e citado, ou seja, informado oficialmente de que existe um processo contra ele. Claro, deve rezar também para que ele não seja um psicopata e não te procure para se vingar da "denúncia" (preciso explicar antes que eu esqueça: denúncia é o nome da peça escrita que o promotor encaminha para o juiz, para iniciar um processo criminal; o que voce fez na delegacia contra o pica-pau é uma notícia de crime; mas se voce preferiu ir direto ao promotor ou chamou seu amigo advogado para fazer isso, o que voce fez foi uma queixa-crime ou uma representação, dependendo do delito informado). Aí, meu caro, é só sentar e aguardar os desdobramentos do processo, cujo mais importante para nós, que somos vítimas, é a audiência, onde a gente vai poder falar pro juiz, na cara daquele safado do pica-pau, que vai estar sentadinho alí quietinho, o quanto ele foi sacana com a gente, e tendo o promotor do nosso lado, nos apoiando, olha que honra!! Pode ter certeza que, até esse momento glorioso, se tudo deu certo, já se passaram mais de uma ano, mas valeu a pena! Aí, voce irá esperar mais um pouco (alguns meses), para descobrir que a sentença não levou o pica-pau para a prisão, se ele era primário, mas que o deixou em regime semi-aberto por ter furtado e destruído seu carrinho (lembrem-se que furto é diferente de roubo), que o fez pagar uma cesta básica para um abrigo de recuperação de dependentes de drogas por ter te humilhado em público, que substituiu a pena de cadeia (privativa de liberdade) por uma de prestação de serviço à comunidade (restritiva de direitos) por ter te enganado e feito voce assinar aquele cheque em branco, que ele nunca te devolveu nem pagou, e que o fez ficar indo por um ano ao fórum avisar que está morando no mesmo lugar e trabalhando no mesmo emprego (que ninguém vai verificar...). Mas pode ficar feliz! Se ele topar com outro como eu ou voce, ele já terá perdido a primariedade, e aí sim, ele vai ficar preso! Eu acho... Saudações acadêmicas!
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
livros indicados.
Ok, sei, sei, que é difícil arranjar tempo pra ler, mas "peraí"! Alguma coisa a gente tem que fazer pra não ficar com essa cultura superficial de internet ("eu sei de quase tudo um pouco, e quase tudo ma-aaa-al...")! Sei, também sei que esse dois livros são barra-pesada, em termos de concentração e apreensão de informação, mas gente, eles são básicos, pelo menos pra quem quer discutir Direito como Ciência Social! O Cidade Antiga é fantástico! Eu leio e releio o mesmo livro, encadernação tipo brochura, já amarrotadinho, desde meus dezoito anos. E, por favor, não me faça dizer há quantos anos é isso, que seria uma indelicadeza! Enfim, é uma delícia ver como a cada fase da minha vida a interpretação é difrente. Não, não é um romance, é a narrativa de como o homem saíu da idade da pedra para o mundo civilizadamente intelectualizado, usando a religião como costura e analisando as relações familiares e sociais. É ma-ra-vi-lho-so!! E "nerd" é a vovozinha, tá?
Já Os Miseráveis não é nenhum panfleto de Movimento dos Sem Alguma Coisa, aproveitando que é ano de eleição. Aliás, já fizeram um filme, com um ator que não me lembro o nome, mas que fez uns filmes de ação, num deles ele viaja para a Europa para salvar sua filha, sequestrada por acho que árabes, como escrava sexual, mas que também não me lembro os nomes, e nem vem ao caso... Mas quem escreveu o livro é um francês chamado Victor Hugo, que já morreu, é claro, e faz tempo, se é que voce não sabe. Basta procurar na internet, quem sabe voce acha até o filme...
Se for necessário, faça esse pequeno esforço, vale a pena ler.
Saudações acadêmicas!
Já Os Miseráveis não é nenhum panfleto de Movimento dos Sem Alguma Coisa, aproveitando que é ano de eleição. Aliás, já fizeram um filme, com um ator que não me lembro o nome, mas que fez uns filmes de ação, num deles ele viaja para a Europa para salvar sua filha, sequestrada por acho que árabes, como escrava sexual, mas que também não me lembro os nomes, e nem vem ao caso... Mas quem escreveu o livro é um francês chamado Victor Hugo, que já morreu, é claro, e faz tempo, se é que voce não sabe. Basta procurar na internet, quem sabe voce acha até o filme...
Se for necessário, faça esse pequeno esforço, vale a pena ler.
Saudações acadêmicas!
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
vamos "falar sério"!
É isso aí: vamos falar a sério! Vamos tratar de Direito (esse mesmo: Justiça, Poder Judicário!) de uma forma que se possa entender, enxergar no dia-a-dia, comparar com as novelas (já estou cheia de "audiências à norte-americana" das novelas e filmes brasileiros, nada a ver com as nossas audiências), com os comentários das comadres (pensões "alimentícimas" e "alvaral" de soltura, inclusive). E para começar, vamos falar do Fred-Gianechini ameaçando a Clara-Ximenes na Passione. Voces viram?? E não é que ele teve coragem de ameaçá-la de contar para todos que ela é ladra??!! Gente, mas o que é isso?! Ele não tem medo de nada!? Ele nem ameaça de morte a irmazinha da Chiara para ela ficar tão quietinha assim! Ah, se fosse comigo! Já chegava falando assim: " Escuta aqui, ô, meu, tu esqueceu que fomos pra Italia juntos, com o dinheiro das jóias roubadas da dona Bete Gouveia? Ou tu acha que vai conseguir provar que tinha dinheiro pra isso? E tu sabe que o tal do dossiê da dona Bete te enrosca comigo mais que meu cabelo no vento? Se liga!! Tu é meu cúmplice até que a morte nos separe!" Gente, nunca que o Fred sairia ileso, se denunciasse a Clara, o roteirista não viu isso? Não, não sairia ileso, porque se ela contasse que furtou (esse é o termo correto, roubo é outra coisa) as jóias porque ele propos o golpe, com todos os desdobramentos que ocorreram depois (Totó cancelando procuração, Fred saindo da metalúrgica), ficaria claro que eles estavam juntos, mesmo sem o dossiê da Bete. Os dois iriam presos, por pouco tempo, é claro, e se fossem condenados e não sendo primários, porque furto não é grave, e ainda responderiam ao processo em liberdade. Mas não podemos esquecer que a Clara, com aquela cara de santinha (úh, que raiva!!), poderia convencer juiz e promotor que só furtou por amor ao Fred, e que depois foi abandonada, coitada, afinal, é o Fred quem tem antecedentes criminais (dossiê da Bete...), ela é só prostituta... Por falar nisso, e essa história de dossiê, hein? Quer dizer que advogado agora é investigador, detetive particular? Por isso que o escritório vive cheio de gente querendo que eu vá procurar o marido que não paga, a testemunha que sumiu, a amante pra pagar danos morais... Pes-so-a-al! Advogado advoga, quem investiga é a polícia, e a civil, que a militar é só pra fazer repressão ao crime! E agora chega, quem quiser saber mais, pergunte, que eu respondo! Saudações acadêmicas!
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